sábado, 11 de junho de 2011

Santarém.

Vou contar o sabor dos últimos dias.

Encontrei aquilo que não procurei. Parte-se, chega-se, e deixa-se que as pessoas e a cultura se entranhem e fiquem nossas, que fiquem os nossos achados.

Cria-se um modo de vida, uma rotina harmoniosa.

E custa a partir.

E que lágrimas que correram, ao olhar... Já ao longe.

Olhar a Dona Arminda, a Ana e o Sr. Zé. A minha Casa. A casa onde gerações se cruzam e se segue um modo de vida. Onde salta a piolha e onde, todas as vezes, bate à porta a outra piolha, uma Marisa. E é ali que ficamos.


Ali, ou no continente à segunda-feira (por ser segunda feira).

Ou em cima dos Sorraias... Aqui onde o olhar brilha mais, aqui onde há Passo, Trote e Galope, e sempre de fora um Pedro e um Zé, os aficionados. Pedro, o rapaz das injeções de tauromaquia. Os amigos.







Olhar a minha escola. Os cavalos as vacas e as ovelhas, as AGMAs com as suas máquinas agrícolas e os cálculos para as regular, as Fisiologias e os Solos que por aí me ensinam este mundo. Os arraiais e o hino. Olhar a Escola Agrária de Santarém.

E a Feira... Os animais, a tasca, os cavalos, os toiros e os campinos.


Olho ao longe, por ser tempo de partir.

Uma partida envolvida numa despedida cheia de sentido: Feira da Agricultura.

Dia 8 - O Jantar de curso.

As pessoas scalabitanas, à minha volta, na tasca charrueca.

"Bamboleo bambolea, porque mi vida yo la quiero vivir asi!"


Dia 9 - As minhas pessoas vieram a esta minha cidade.

O dia da chegada de comboio, da Joe. Do nervosismo por um céuteimar em não parar de pingar, mas que por fim nos trouxe uma noite de estrelas.

O dia da chegada do resto da malta, e do jantar apic-nicado nas traseiras do meu prédio, seguido da ida para o CNEMA com a bela da taparuere com o bolo, e o favaios em copos que seriam algures formas para queques.

Adormecer a olhar um simples quadro de fotos.

O dia em que o que nós fazemos, é produzir animais.

Uma família nesta Santarém. O DIA DOS DIAS.


Dia 10 - A cura da bela.

A feira visitada como deve ser, com a Joe e os pais, um pranto cómico.

Um reencontro de um amigo num lugar especial, ao som de algo especial.

E a bela da garraiada e do pézinho de dança.

A despedida da feira e de Santarém, num abraço. À Joe.

A derradeira partida.


Scalabis