Hoje nao quis ficar na cama simplesmente a olhar a minha desinquietação feliz. Pareço parva aqui a estas horas no computador... hoje isto arrancou-me da cama.
Ser vagabundo é ter janela por onde voar e abstrair. Ser.
É o poder olhar-nos sem vida... Quando esta foge, e é tão bom, é tão de cada um de nós.
Pintor, de todo o lugar, desses sentires. Ia adorar pintar, com o sol a derreter sem fim... que bodega que sairia, sairá. Eu estarei.
Foge, e deixa-me por largos momentos tranquila. vai vai... Assim é bom. neste canto de mim, onde há incenso... onde encontro a musicalidade... onde me deixo devorar, porque não tarda ela volta para me levar da abstracção.
Julgo voltar aqui, depois deste adormecer (quando voltar para a cama). É a nossa casa... descobrir o que é de nós... devorar-me de paisagem, pacatez, chaminés que fazem cheirar a aldeia... casinhas na encosta, e horizontes de longe daqui... de prados livres .
o mais fundo que há em nós, fora da vida...
perfeito.
Talvez síndrome do estudo de Fernando Pessoa. ora...
Sonhos ... afinal tenho, ou então são mirangens de mim, reflexos das ideias desta tranquilidade...
quem sabe, um dia... "Em forma de texto."